Veja se o medicamento Kóide D é perigoso, para que serve e que possíveis efeitos colaterais ele pode provocar e dicas de como tomar.
Quem recebeu a recomendação de usar o medicamento Kóide D e já ouviu falar que o ele pode fazer mal para a saúde pode ficar um pouco apreensivo. Mas antes, é fundamental conhecer o remédio e saber se Kóide D é perigoso mesmo ou se os receios quanto a ele não passam de exagero.
Outras possíveis dúvidas que podem surgir acerca do medicamento é se o Kóide D engorda e se dá sono. Veja se isso é verdade.
Sobre Kóide D
Antes de começarmos propriamente a analisar se Kóide D é perigoso ou não, vamos ser apresentados ao remédio e conhecer em que casos ele pode ter o seu uso indicado pelo médico.
Pois bem, Kóide D (maleato de dexclorfeniramina + betametasona) é um medicamento na forma de xarope, de uso adulto e pediátrico acima dos dois anos de idade, que pode ser prescrito como auxiliar no tratamento de doenças alérgicas do aparelho respiratório como asma brônquica grave e rinite alérgica.
O medicamento também pode ser indicado para auxiliar o tratamento de doenças alérgicas da pele como dermatite atópica (eczema), dermatite de contato, reações medicamentosas e doença do soro e de doenças alérgicas inflamatórias oculares como ceratites (inflamações da córnea), conjuntiva (conjuntivite) e problemas nas porções internas do olho (irite não-granulomatosa, coriorretinite, iridociclite, coroidite e uveíte).
Seus princípios ativos são dotadas de ação anti-inflamatória, antialérgica e anti-histamínica. As informações são da bula de Kóide D, disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
E então, Kóide D é perigoso mesmo?
Assim como ocorre com qualquer medicamento, Kóide D é perigoso quando utilizado de maneira inadequada, sem que haja a orientação médica, como ocorre nos casos de automedicação.
Portanto, você só deve usar o remédio quando o seu médico indicar ou autorizar e sempre seguindo as recomendações que forem passadas pelo profissional. Até porque é necessário apresentar a prescrição médica branca comum na hora de comprar Kóide D.
Um dos motivos para todo esse cuidado certamente reside no fato de que o medicamento tem suas contraindicações. Mas quem é que não pode usar o medicamento? Bem, de acordo com a bula do remédio, essa lista inclui:
- Pacientes com alergia, hipersensibilidade ou alguma reação incomum a qualquer um dos componentes da fórmula do produto ou a fármacos de estrutura química similar;
- Pacientes com infecção sistêmica por fungos;
- Prematuros e recém-nascidos;
- Crianças com menos de dois anos de idade.
Os efeitos colaterais de Kóide D
Quando queremos saber se Kóide D é perigoso, não podemos deixar de conhecer as reações adversas que podem ser provocadas pelo remédio. Pois bem, segundo a bula do medicamento, ele pode provocar os seguintes efeitos colaterais:
- Problemas gastrointestinais;
- Problemas musculoesqueléticos;
- Distúrbios eletrolíticos;
- Problemas dermatológicos;
- Problemas neurológicos;
- Problemas endócrinos;
- Problemas oftálmicos;
- Problemas metabólicos;
- Problemas psiquiátricos;
- Sonolência de nível leve a moderado;
- Urticária;
- Exantema (erupção ou lesão avermelhada) cutâneo;
- Choque anafilático;
- Fotossensibilidade;
- Transpiração excessiva;
- Calafrios;
- Secura da boca, nariz e garganta;
- Reações cardiovasculares;
- Reações hematológicas (no sangue); neurológicas;
- Reações geniturinárias (nos aparelhos genital e urinário);
- Reações respiratórias;
- Mascarar infecções;
- Surgimento de novas infecções;
- Diminuição na resistência ou dificuldade em localizar a infecção;
- Catarata subcapsular posterior (doença dos olhos), glaucoma (aumento da pressão ocular) com risco de lesão do nervo ótico e aumento do risco de infecções oculares secundárias causadas por fungos ou vírus, mediante o uso prolongado do medicamento;
- Elevação da pressão arterial;
- Retenção de água e sal;
- Aumento da excreção de potássio;
- Aumento da excreção de cálcio;
- Alteração na motilidade e número de espermatozoides;
- Sedação, vertigem e hipotensão (pressão baixa) em pacientes acima de 60 anos de idade.
Caso experimente qualquer um dos efeitos colaterais mencionados acima ou ainda algum outro tipo de reação adversa, procure rapidamente o auxílio médico, mesmo que não imagine se tratar de um problema tão grave assim.
Isso é importante para verificar a real seriedade do sintoma em questão, receber o tratamento necessário e saber se pode continuar a fazer uso de Kóide D. Todo esse cuidado vale a pena para evitar possíveis perigos para a saúde.
A superdosagem
Kóide D é perigoso também quando usado em dosagens excessivas, por isso, é fundamental obedecer as recomendações do médico em relação ao modo de usar o remédio. Segundo a bula do medicamento, uma dosagem de 2,5 a 5 mg/kg de dexclorfeniramina (um dos princípios ativos de Kóide D) é considerada letal.
As reações à superdosagem do remédio vão desde depressão do sistema nervoso central à estimulação do sistema nervoso central. Podem aparecer sintomas como secura da boca, pupilas dilatadas e fixas, febre, rubor facial, sintomas gastrointestinais e depressão com torpor e coma, seguido de uma fase de excitação levando a convulsões, além de alucinações, perda de coordenação e convulsões em crianças.
No caso de ingerir quantidades elevadas, maiores que as recomendadas pelo médico e/ou pela bula de Kóide D, é fundamental recorrer a um hospital com o remédio em mãos e informar o ocorrido, mesmo antes que os sintomas de uma superdosagem apareçam.
Como tomar Kóide D
A bula indica que a dosagem inicial para os pacientes adultos e as crianças com mais de 12 anos de idade é de 5 ml a 10 ml, três a quatro vezes ao dia. Para esses pacientes, não se deve ultrapassar a dosagem de 40 ml, divididos em quatro tomadas, em um intervalo de 24 horas.
Já para as crianças entre seis a 12 anos de idade, a bula indica uma dosagem de 2,5 ml, três vezes ao dia. Para elas, não se deve ultrapassar a dosagem de 20 ml, divididos em quatro tomadas, ao longo de 24 horas.
Para os pequenos entre dois a seis anos de idade, a indicação da bula é uma dosagem inicial de 1,25 ml a 2,5 ml, três vezes ao dia. Não se deve ultrapassar a dosagem de 10 ml, divididos em quatro tomadas por 24 horas.
Entretanto, a bula também adverte que o médico que prescreveu Kóide D determinará uma dosagem individualizada ao paciente, de acordo com a doença a ser tratada, na gravidade da resposta ao tratamento.
Portanto, é crucial que você obedeça todas as instruções do médico em relação à dosagem, aos horários de uso, à duração do tratamento e tudo mais o que ele recomendar quanto à administração do medicamento.
Outros cuidados com Koide D
Existem ainda os casos em que Kóide D exige cuidados especiais. Se esses cuidados não forem devidamente obedecidos e respeitados, o tratamento com o remédio poderá sim ser um tanto quanto perigoso.
Por exemplo, a utilização prolongada ou com dosagens elevadas do medicamento pode exigir o acompanhamento clínico ao longo de até um ano após o término do uso do tratamento.
Já a retirada rápida de Kóide D pode resultar na insuficiência suprarrenal secundária, ao passo que o problema pode ser evitado com a redução gradativa da dose. Portanto, não interrompa bruscamente o uso do medicamento sem consultar o médico.
O uso do remédio requer cuidados em pacientes idosos e em pessoas com:
- Herpes simples ocular;
- Instabilidade emocional;
- Tendências psicóticas;
- Colite ulcerativa inespecífica (inflamação do intestino com ulceração);
- Abscesso ou outra infecção com pus;
- Diverticulite;
- Cirurgia recente do intestino;
- Úlcera do estômago, do intestino ou úlcera estenosante;
- Doença nos rins;
- Osteoporose;
- Miastenia gravis (doença autoimune na qual existe intensa fraqueza muscular);
- Tuberculose;
- Glaucoma de ângulo estreito;
- Obstrução da saída do estômago;
- Aumento da próstata ou obstrução da saída da bexiga;
- Doenças do coração e dos vasos sanguíneos, entre as quais pressão alta, nos pacientes com pressão intraocular elevada ou aumento dos hormônios da tireoide;
- Diabetes.
Com isso, quem faz parte de um desses grupos precisa informar o médico a respeito do problemas antes de dar início ao tratamento com Kóide D.
O uso do medicamento em mulheres grávidas, mulheres que amamentam e mulheres em idade fértil deve ocorrer somente sob a orientação médica, após o médico avaliar os benefícios e prejuízos do tratamento.
O paciente não pode ser vacinado contra a varíola durante o tratamento com o remédio e deve manter-se afastado de pessoas com varicela ou sarampo enquanto estiver tomando o medicamento. Se mesmo assim o contato ocorrer, a orientação médica deverá ser procurada prontamente, especialmente no caso de crianças.
O tratamento prolongado com Kóide D exige a realização de um tratamento preventivo contra a tuberculose. O crescimento e o desenvolvimento de crianças de baixa idade que seguem uma terapia prolongada com o remédio deve ser monitorado cuidadosamente.
O remédio interage com o álcool e pode produzir um falso negativo no teste nitroblue tetrazolium para infecção bacteriana. Em outras palavras, não ingira álcool durante o tratamento com o medicamento e avise que faz uso do remédio antes de realizar esse exame.
Previamente ao início do tratamento com Kóide D, o paciente precisa listar ao médico todos os medicamentos, suplementos e plantas que usa para que o profissional verifique se não pode fazer mal usar o remédio ao mesmo tempo em que as substâncias em questão.
Não se deve dirigir veículos ou operar máquinas ao longo do tratamento com o remédio porque a habilidade e atenção podem ser prejudicadas por ele. As informações são da bula de Kóide D, disponibilizada pela Anvisa.
Atenção: este artigo serve unicamente para informar e não substitui a leitura da bula na íntegra e a conversa com o médico que precisam ocorrer antes do início do tratamento com qualquer remédio, o que inclui Kóide D.
Fontes e Referências Adicionais:
Você já tinha ouvido falar que Kóide D é perigoso? Precisou tomar esse medicamento? Comente abaixo!
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