Por se tratar de um remédio, muitos acreditam que a Novalgina dá sono e que isso é parte dos seus efeitos colaterais.
É importante descobrir se isso pode ser verdade porque ficar cheio de sono pode atrapalhar a disposição e energia no dia a dia para executar tarefas rotineiras e necessárias como estudar, trabalhar, praticar atividades físicas e preparar refeições saudáveis com cuidado.
Uma vez que a sonolência excessiva pode ter diversas possíveis causas, precisamos investigar mais a fundo antes de declararmos a Novalgina como a culpada pelo aumento do sono.
Sobre a Novalgina – O que é, composição e para que serve
A Novalgina é um medicamento composto pela dipirona monoidratada que pode ser indicado como um analgésico, ou seja, para o tratamento da dor ou como um antitérmico, ou seja, para o tratamento da febre.
O tempo médio de início de ação do remédio é de 30 minutos a 60 minutos depois da sua administração e os seus efeitos costumam ter uma duração de aproximadamente quatro horas.
E então, será que a Novalgina dá sono?
Para sabermos se a Novalgina dá sono, a gente também recorreu à bula do medicamento, que nos informa que a sonolência pode ser experimentada quando uma pessoa toma uma quantidade maior do que a indicada do remédio.
O documento detalha que ao lado da tontura, do coma e das convulsões, a sonolência faz parte do grupo de sintomas do sistema nervoso central que são mais raros, entretanto, podem ser experimentados quando a Novalgina é utilizada acima das quantidades recomendadas.
A bula alerta que ultrapassar a dosagem indicada do medicamento ainda pode provocar enjoo, vômito, dor abdominal, deficiência da função dos rins/insuficiência aguda dos rins, diminuição da pressão sanguínea que em alguns casos progride para choque, arritmia cardíaca e coloração avermelhada na urina.
Por isso, embora o remédio não exija a apresentação da receita médica para ser comprado, é necessário ter cuidado com o uso da Novalgina para não cometer excessos.
Converse com o médico e/ou o farmacêutico para saber que dosagem do medicamento você deve usar e por quanto tempo pode tomá-lo, obedeça às instruções do profissional de saúde e não deixe de ler a bula na íntegra para saber direitinho os cuidados que precisa ter em relação ao remédio.
Se você experimentar a sonolência ou outro dos sintomas da superdosagem da Novalgina mencionada acima neste tópico depois de tomar o medicamento, procure rapidamente o auxílio médico e informe ao profissional que fez uso do remédio.
Contraindicações e cuidados com Novalgina
O medicamento não pode ser utilizado nos seguintes casos:
- Alergia ou intolerância à dipirona, a qualquer outro dos componentes da formulação ou a pirazolonas ou a pirazolidinas (fenazona, propifenazona, isopropilaminofenazona, fenilbutazona, oxifembutazona). Isso inclui, por exemplo, experiência prévia de agranulocitose (diminuição do número de granulócitos, que são tipos de glóbulos brancos, em consequência de um distúrbio na medula óssea) com uma dessas substâncias;
- Função da medula óssea prejudicada;
- Doenças do sistema hematopoiético (responsável pela produção das células sanguíneas);
- Desenvolvimento de broncoespasmo (contração dos brônquios levando a chiado no peito) ou outras reações anafilactoides como urticária (erupção na pele que causa coceira), rinite (irritação e inflamação da mucosa do nariz) e angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas) depois do uso de medicamentos para dor (como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno);
- Porfiria hepática aguda intermitente (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas), pelo risco de indução de crises de profíria;
- Deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD), pelo risco de hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos, o que pode levar à anemia);
- Gravidez – a não ser que haja a orientação específica por parte do médico. É necessário informar imediatamente ao médico quando houver a suspeita de gravidez durante ou em períodos próximos ao tratamento com Novalgina;
- Amamentação – a amamentação deve ser evitada durante e por até 48 horas após o uso de Novalgina, uma vez que a dipirona (substância presente no remédio) é excretada no leite materno;
- Menores de três meses de idade ou que pesem menos de 5 kg.
A administração do medicamento deve ser feito com cautela sempre com a autorização e conforme as instruções do médico nos pacientes idosos e nas pessoas que sofrem com:
- Alergia;
- Síndrome da asma analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária-angioedema;
- Asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa (processo inflamatório no nariz e seios da face com formação de pólipos) concomitante;
- Urticária crônica;
- Intolerância ao álcool, por exemplo, pessoas que reagem até mesmo a pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e vermelhidão acentuada da face;
- Intolerância a corantes ou a conservantes (ex.: tartrazina e/ou benzoatos);
- Hipotensão preexistente;
- Redução dos fluidos corpóreos ou desidratação;
- Instabilidade circulatória;
- Insuficiência circulatória incipiente;
- Febre alta;
- Necessidade de evitar a diminuição da pressão sanguínea como as pessoas com doença cardíaca coronariana grave ou obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro;
- Insuficiência nos rins;
- Insuficiência no fígado – conheça os sintomas de problemas no fígado.
O uso do remédio deve ser interrompido imediatamente e o médico deve ser procurado prontamente quando surgirem sintomas como febre, calafrios, dor de garganta ou lesão na boca, pois eles podem estar associados à agranulocitose, que pode ser grave ou fatal.
A mesma recomendação serve para quando surgirem mal-estar geral, infecção, febre persistente, equimoses (manchas roxas), sangramento e palidez, que são sintomas da pancitopenia [diminuição global de células do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas)].
O tratamento com a Novalgina também deve ser interrompido e o médico acionado quando aparecerem sinais como bolhas em mucosas e em grandes áreas do corpo, áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura e erupções cutâneas muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa – eles estão associados a reações cutâneas graves como a síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica/síndrome de Lyell.
O uso de dosagens elevadas do remédio pode prejudicar as habilidades de reação e concentração, especialmente quando houve o consumo de álcool. Isso representa perigos para atividades como a direção de veículos ou a operação de máquinas.
Para quem utiliza qualquer tipo de medicamento, suplemento ou planta é necessário consultar o médico antes de começar a tomar Novalgina para saber se usar os remédios ao mesmo tempo não pode ser perigoso.
Efeitos colaterais da Novalgina
Segundo a bula de Novalgina em comprimidos simples, o medicamento pode provocar os seguintes efeitos colaterais:
- Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactoides. Engloba conceitos como infarto alérgico e angina alérgica);
- Choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se tornar graves com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais – as reações anafiláticas/anafilactoides leves costumam ser na forma de sintomas na pele ou nas mucosas (coceira, ardor, vermelhidão, urticária, inchaço), falta de ar e, menos frequentemente, doenças/queixas gastrintestinais. Estas reações leves podem progredir para formas graves com coceira generalizada, angioedema grave (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica até mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas (descompasso dos batimentos do coração), queda da pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório (colapso circulatório em que existe um fluxo sanguíneo inadequado para os tecidos e células do corpo). Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de crises asmáticas (falta de ar);
- Erupções medicamentosas fixas, raramente exantema [rash (erupções na pele)] e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e em grandes áreas do corpo) ou síndrome de Lyell (doença bolhosa grave que causa morte da camada superficial da pele e mucosas, deixando um aspecto de queimaduras de grande extensão);
- Anemia aplástica (doença onde a medula óssea produz em quantidade insuficiente os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) – conheça os principais sintomas da anemia;
- Agranulocitose;
- Pancitopenia;
- Leucopenia (redução dos glóbulos brancos);
- Trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas) – os sintomas incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de pontos vermelhos na pele e membranas mucosas;
- Queda da pressão;
- Piora súbita ou recente da função dos rins, em casos raros especialmente quando há o histórico de doença nos rins. Pode vir acompanhado de diminuição da produção de urina, redução muito acentuada da produção de urina ou perda aumentada de proteínas através da urina
- Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda (um tipo de inflamação nos rins);
- Coloração avermelhada na urina;
- Sangramento intestinal.
Ao experimentar qualquer um dos efeitos colaterais mencionados acima ou qualquer outro tipo de reação adversa é importante procurar o auxílio médico, mesmo que não imagine se tratar de um efeito colateral tão grave assim. Até porque ela pode ser sintoma de um problema mais grave possivelmente causado pela Novalgina.
A procura ao médico é necessária para verificar a real seriedade do problema em questão, receber o tratamento apropriado e saber de pode continuar a usar o medicamento ou se deve abandoná-lo para não prejudicar a saúde
Posologia de Novalgina
A bula de Novalgina em comprimidos simples, disponibilizada pela Anvisa, ensina que os comprimidos do remédio devem ser tomados acompanhados de aproximadamente meio copo a um copo de líquido pela via oral.
No caso dos comprimidos de 500 mg do medicamento, a indicação do documento para os adultos e adolescentes acima dos 15 anos de idade é que podem ser tomados entre um a dois comprimidos até quatro vezes ao dia.
Já para os comprimidos de 1 g, a determinação da bula é que os adultos e adolescentes com mais de 15 anos podem ingerir meio a um comprimido até quatro vezes ao dia.
Entretanto, o ideal e mais seguro mesmo é consultar o médico ou o farmacêutico a respeito da dosagem, horários de uso e duração de tratamento seguros e adequados para o seu caso em particular.
Como vimos na parte das contraindicações e cuidados, existem vários casos em que o uso da Novalgina exige cuidados especiais na administração e pode ser necessário aplicar uma redução na posologia recomendada à população geral.
Isso sem contar que abusar de qualquer tipo de remédio, seja por meio de dosagens excessivas, seja por meio do uso prolongado, pode mascarar os sintomas de uma condição de saúde mais grave ou provocar efeitos colaterais perigosos.
Atenção: este artigo serve unicamente para informar e jamais pode substituir a conversa com o médico e/ou farmacêutico e a leitura de toda a bula que devem ocorrer antes de começar a usar qualquer tipo de medicamento.
Fontes e Referências Adicionais:
- http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp
- https://consultaremedios.com.br/novalgina-comprimido/p
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