Aprenda como plantar cereja em casa com o passo a passo do plantio e do cultivo e maiores cuidados para se tomar e ter os melhores resultados.
Seja para decorar bolos, tortas, cupackes, mousses, bombons e outros doces, seja para incrementar uma salada de frutas ou decorar, seja para acrescentar sabor em bebidas, é bem verdade que a cereja é uma fruta capaz de tornar uma receita mais bonita, colorida e saborosa.
Falando nisso, que tal conhecer as calorias da cereja que são acrescentadas a essas receitas e saber mais a fundo todos os benefícios da cereja para nossa saúde e boa forma?
Uma maneira de ter cerejas naturais, frescas e, principalmente, livre de agrotóxicos sempre à disposição é aprender como plantar cereja em casa. Vamos nessa?
Como plantar cereja em casa
Como plantar cereja no jardim
- Comprar uma muda de cerejeira já formada ou uma planta jovem que terá aproximadamente 2 m de altura;
- Abrir uma cova no jardim longe do caminho predominante dos ventos, se não quiser perder flores na florada de primavera. Colocar a muda ou árvore jovem no buraco cavado e preenche-lo com terra adubada misturada com composto ou estrume bem curtido. Fixar bem a planta;
- Se achar necessário, colocar um tutor para plantas ao lado para assegurar que ela fique reta até enraizar bem;
- Não regar a cerejeira em excesso. Adubá-la bem, uma vez ao ano com suplementos orgânicos que forneçam quantidades adequadas de nitrogênio, fósforo e potássio. Na hora de adubar, fazer pequenos buracos ao redor da planta, adicionar a mistura escolhida, cobrir com terra e regar abundantemente por cima. A árvore também precisa ser podada anualmente, o que deve acontecer depois da colheita dos frutos.
Como plantar cereja no vaso
Materiais necessários: vaso, sementes de cereja, cascalho (ou casca de pinus ou folhas mortas secas) e terra.
- Preencher o fundo do vaso com cascalho (ou casca de pinus ou folhas mortas secas) para auxiliar com a drenagem;
- Colocar a terra até atingir metade do vaso. Adicionar as sementes (o ideal é acrescentar quatro, no máximo para facilitar a retirada e a replantação em um recipiente maior), afundando-as em aproximadamente 1 cm e cobrir com um pouquinho mais de terra. Tomar cuidado para não colocar muita terra – isso é importante para evitar que as sementes fiquem muito ao fundo e apodreçam;
- Posicionar o vaso em um local com mais umidade, que tenha menor incidência do sol, porém, conte com claridade;
- Regar mais ou menos a cada três ou quatro dias, dependendo do lugar onde o vasinho ficar. Será necessário regar um pouco mais quando perceber que a terra em cima está seca. Não pode deixar secar porque isso pode resultar na morte das sementes. Entretanto, é importante ter cuidado para não regar em excesso e encharcar, o que pode fazer com que as sementes apodreçam.
Atenção: clima brasileiro não é apropriado para o cultivo da cereja
Não há cultivo comercial da cereja no Brasil porque ainda não foram desenvolvidas espécies adaptadas ao clima do nosso país.
As fruteiras de clima temperado como a cereja precisam acumular horas de frio para quebrar a dormência das gemas e favorecer a germinação.
Outras frutas de clima temperado são cultivadas no Brasil graças ao desenvolvimento de variedades selecionadas adaptáveis ao clima do país, processo que ocorreu por meio do melhoramento genético, o que ainda não se deu com a cerejeira.
No caso da cerejeira, são necessárias de 1.200 a 1.400 horas de frio, com temperaturas abaixo de 7 graus centígrados. No Brasil, isso é difícil de ocorrer. Mesmo em regiões onde o inverno é muito rigoroso, como São Joaquim (SC), o número de horas com essa temperatura raramente chega a mil.
Existem outras espécies da fruta que necessitam de menos horas de frio, entre 100 e 150, mas estas cerejas não têm sabor agradável. Portanto, plantar cereja em casa é uma alternativa mais viável para os brasileiros que moram no exterior, em países onde faz mais frio.
Mas qual é o problema com os agrotóxicos?
Vimos acima que um motivo para aprender como plantar cereja em casa é garantir que a fruta não contenha agrotóxicos. Mas você já parou para pensar e pesquisar o que são essas substâncias e o que elas podem ter de tão ruim?
De acordo com o portal do Ministério da Saúde, os agrotóxicos são definidos no Brasil por Lei, como “produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento”.
O portal do Ministério da Saúde também informa que o uso contínuo, indiscriminado e inadequado dessas substâncias é considerado um relevante problema ambiental e de saúde pública.
Segundo o portal, “os efeitos à saúde humana, decorrentes da exposição direta ou indireta aos agrotóxicos podem variar de acordo (com) a toxicidade, tipo de princípio ativo, dose, tempo de exposição e via de exposição”.
Estudos realizados pelo aluno de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), Cleber Cremonese, indicaram que parte dos agrotóxicos pode desregular o sistema endócrino, alterando os níveis de hormônios sexuais e provocando efeitos prejudiciais, especialmente para o sistema reprodutor.
Essas reações podem incluir riscos de câncer de mama, câncer de ovário, câncer de testículo, câncer de próstata, desregulação do ciclo menstrual, infertilidade, baixa na qualidade do sêmen e malformação de órgãos reprodutivos.
Em suas pesquisas, Cremonese avaliou moradores de Farroupilha (RS) – em um primeiro estudo, ele trabalhou com homens e mulheres adultos, trabalhadores rurais e seus familiares, que tinham entre 18 a 69 anos; no segundo ele analisou jovens das zonas rurais e urbanas com idade entre 18 a 23 anos.
Para chegar aos resultados apontados, o doutorando coletou amostras de sangue e sêmen e aplicou questionários.
Ele concluiu que seus estudos sugerem que as exposições crônicas aos agrotóxicos interferem na regulação dos hormônios sexuais nos adultos e na qualidade do sêmen dos jovens nas regiões onde o estudo foi conduzido.
Cleber afirmou ainda que o uso dos agrotóxicos já foi associado a doenças como doenças neurodegenerativas como Parkinson, distúrbios cognitivos, transtornos psiquiátricos, alterações respiratórias e imunológicas, problemas no fígado e nos rins e complicações na gestação como aborto, malformações congênitas e baixo peso ao nascer.
Vale a pena, por conta disso tudo, conhecer quais são os alimentos com mais agrotóxicos no Brasil e procurar consumi-los da forma orgânica.
Referências Adicionais:
- http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental/vigipeq/contaminantes-quimicos/agrotoxicos
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5872786/
Você já sabia como plantar cereja em casa? Pretende experimentar, mesmo sabendo do problema com a temperatura do nosso país? Comente abaixo!
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