O consumo de álcool na gravidez, mesmo que moderadamente, pode afetar o desenvolvimento do cérebro do bebê. É o que constatou um estudo da Universidade de Sidney, na Austrália.
De acordo com a pesquisa, este consumo está associado ao aparecimento de comportamentos psicológicos como depressão e ansiedade em crianças.
Estudo comprova efeitos do consumo moderado de álcool na gravidez
A universidade de Sidney publicou os resultados do estudo na revista cientifica American Journal of Psychiatry. O objetivo da pesquisa era investigar a relação entre consumo de álcool na gravidez e diferenças no comportamento e nas capacidades cognitivas de crianças.
Com uma amostra de mais de 9 mil jovens, este foi um dos estudos mais amplos já feitos a respeito do assunto.
Primeiramente, o estudo considerou como níveis baixos de consumo de álcool o máximo de seis drinques por semana. Um estudo anterior feito pela universidade já havia comprovado que o consumo alto de álcool pode afetar o desenvolvimento do bebê a longo prazo.
Já neste novo estudo, ficou comprovado que, mesmo em quantidade moderada, o álcool também pode ser nocivo.
Na pesquisa, 25% das crianças foram expostas ao álcool. Destes 25%, 60% foi exposta a quantidade baixa de álcool, enquanto outro grupo foi exposto a um consumo mais pesado de álcool.
Problemas psicológicos
Como resultado, pôde-se observar que o consumo de álcool durante a gravidez acarreta, mesmo que indiretamente, problemas psicológicos na criança.
Na pesquisa, as crianças que foram expostas a baixos níveis de álcool no útero tiveram mais problemas como ansiedade e depressão do que as que não foram expostas.
Da mesma forma, estas crianças também podem apresentar problemas comportamentais. Houve um aumento de 25% na probabilidade de um diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Além disso, o estudo comprovou, ainda, uma associação do consumo de álcool na gravidez a comportamentos como quebra de regras e agressão.
Modificação da estrutura cerebral e nascimento prematuro
Outra constatação importante feita pela pesquisa é a de que o consumo de álcool na gravidez pode modificar a estrutura cerebral do bebê. Foram observadas diferenças no volume cerebral e na área de superfície entre as crianças expostas.
Da mesma forma, os especialistas acreditam que este fator contribuiu para problemas psicológicos e comportamentais.
Outra pesquisa feita no Reino Unido também associou o consumo de álcool com o risco do bebê nascer prematuro.
Os dados do estudo britânico apontam que, em média, 4,4% dos filhos das participantes nasceram com um tamanho menor do que o esperado. Ao mesmo tempo, 4,3% destes bebês nasceram prematuros.
Durante o estudo da Universidade de Sidney, o número estimado de bebidas consumidas durante a gravidez variou de 0 a 90, com a média sendo 27. O estudo apontou que o consumo das bebidas se deu nas primeiras 6 a 7 semanas antes do conhecimento da gravidez.
Dessa maneira, concluiu-se que o consumo de álcool, mesmo moderado, é contraindicado em todos os trimestres da gravidez.
Você conhece alguém que consumiu álcool na gravidez? O filho dessa pessoa nasceu com algum problema por isso? Comente abaixo!
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